sábado, 25 de fevereiro de 2012

O menino que ouve a música quântica



Acho que há algo de muito elevado e sofisticado nesse papel que a música representa na vida do Lorenzo e dos outros meninos que também tem autismo e que são fascinados pela música.

Fico realmente impressionada quando vejo como é fácil para meu filho compreender detalhadamente todos os níveis do universo musical.

Curiosamente ele não ouve aquelas cantorias falantes utilizadas para as mulheres acionarem o poder de seus glúteos e nem outras de venda rápida e sucesso curto que prefiro não mencionar o gênero. Ele nunca parou para ouvir ou batucar o ritmo dessas sonoridades. Exceto uma que invoca uma tal de delícia assassina na balada do sábado. É que essa as crianças cantam na escola e se tornou uma brincadeira.

Nem dá para citar as preferidas dele porque são muitas, ele tem um repertório imenso de matar qualquer jukebox de inveja. Ele tem bom gosto inclusive.

Eu tenho muita convicção de que Lorenzo percebe dimensões sonoras que pessoas comuns não conseguem notar. A apuração auditiva do menino é de ensandecer compreensões.

Einstein gostava de tocar violino, e creio que foi em um de seus momentos de comunhão melódica que ele observou a musicalidade na estrutura da mecânica quântica. Ele mesmo disse: “se eu não fosse físico, provavelmente seria músico.” Ele parecia também estar em constante comunhão musical.

Teria uma criança com autismo a capacidade de ouvir a musicalidade de cada ser vivo, de toda a abrangência dos reinos vegetal, animal e mineral? Ouve a música dos 4 elementos da natureza, dos anjos, do céu...dos universos paralelos?

Para refletir!

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